segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Gente

Eu tô morrendo de saudade da Lady Murder. A Morg me chamou pra ir pra Livraria Cultura amanhã. É bom que ela vá, humpft.

É. Só isso.

Parei com os microposts.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Obrigado, Morg, pelo incentivo e pela força.

Haha -qqq
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Expressão

Eu tava com tanta vontade expressar minha opinião sobre alguma coisa. Qualquer coisa que fosse. Eu acho que eu nunca tinha sentido tão forte essa necessidade de colocar o que eu penso "no papel".

Aí eu postei no Blasé e eu me sinto TÃO aliviado. E, sei lá, orgulhoso do que eu escrevi. É uma sensação meio estranha. É um vazio bom. Porque tinha uma coisa me incomodando no peito, aí eu escrevi e postei e... A coisa me incomodando desaparece. E é uma sensação legal.

O ruim é que mesmo com quase ninguém lendo o blog, eu fico todo nervoso antes de postar. Relendo mil vezes. Argh, odeio minha insegurança em relação a essas coisas.

Mas eu estou feliz, no geral. Também porque eu vou comprar todos os livros de Senhor dos Anéis e tal...

É. Estou em paz com o mundo.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Oh, darling

Ele acorda bem cedo pra trabalhar e ela está ali, com os olhos voltados para o teto.

Ela não acorda. Ela não estava dormindo.

Um beijinho na testa, pra suavizar a manhã. Um "bom dia, amor" e logo depois um "bom trabalho".

Quando ele já está fechando a porta do quarto "você vem almoçar?"

"Talvez."

.

Ela talvez se levante dali a alguns minutos. A incontinência urinária não a deixa ficar deitada quieta por muito tempo.

Seu coração bate forte. Um chute. Uma lágrima imaginária percorre seu rosto. Não é a primeira vez que ele chuta. Não é a primeira vez que ele diz estou aqui, mas ela chora dentro do seu coração.

Passando por cima das pernas inchadas e das escadas impertinentes ela chega ao andar de baixo e à comida. Suas línguas devoram o café-da-manhã como quem sempre quer mais, um sorriso sempre na boca. Ela costumava ser tão leve, calma, branda, branca — com comida ela era demônio faminto. Demônio de sorrisinho de orelha a orelha, entende?

Aí ela escova os dentes e o fogo vai embora. Ela pensa em seu marido, ela pensa nele indo embora, mesmo que seja só por umas horas. Em algum lugar da sua cabeça ela pensa que seu bebê não pode ir embora, pelo menos não dentro de uns bons meses.

Ele é seu. Ela o envolve com os braços.

.

Quando ela vê, já está na hora do almoço e ela lambe os lábios com uma delicadeza vampiresca.

Antes e depois.

Aí ela vai trabalhar.

Mas só até janeiro, ela diz aos clientes, em janeiro eu não sei como vai ficar a minha vida.

Ela ouve, ouve, ouve e fala um pouco. Só um pouco. Ela sorri. Sim. Aquele sorriso compreensivo. Ela sorri e passa a mão pela barriga, como se para que ele ouvisse também.

.

(E foi assim que eu a conheci. Ela me ouve.)

.

E, BAM, já é noite, e ela só quer saber de sua cama e de tirar os sapatos muito, muito apertados.

Ele ainda não voltou.

Ela desliga as luzes, põe o ar-condicionado em uma temperatura amena, desliga a televisão e fecha os olhos.

Não dorme.

Não acorda.

O marido a beija na testa mais uma vez, sem saber que aquele seria um dia especial. Ela não sabe também — talvez sinta, talvez sinta o coraçãozinho em sua barriga dizendo que quer sair — então ela só diz bom dia amor e bom trabalho e você vem almoçar? sem saber que ela nem mesmo iria almoçar.

No fim daquele mesmo dia ela teria a recompensa em seus braços, a recompensa pelas noites não dormidas, pela bexiga espremida, pelos pés estufados nas sandálias.

E no fim daquele mesmo ano ela o teria olhando para ela do berço e o marido nem acordou ainda.

.

Bom dia, amor, ela diz, e não deseja um bom trabalho. Ela não pergunta também se ele vem almoçar porque, por enquanto — pelo menos por enquanto —, ele ainda era todinho dela.

Levantou-se, foi pé ante pé até o berço e o abraçou como fazia com a sua barriga. Ela sentiu o coraçãozinho batendo e as pernas sacudindo, querendo chegar ao chão.

.


terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Depois da minha peça (reticências)

Primeiramente gostaria de felicitar meu querido amigo sir José Amazonílio Reis Coutinho Filho, por seu aniversário. (coraçãozinho)

Segundamente, gostaria de comunicar que meu cérebro foi parcialmente sugado pelas cento e oitenta questões mais uma redação e, por isso, posso parecer um pouco mongol e... E.

Vamos ao post.

É uma metapost, inclusive.

Eu fiquei de vir aqui quando passasse a peça. Assim como eu fiquei de fazer as tarefas do Yázigi assim que acabasse a peça. Eu deixei minha vida para depois da peça. Caralho. Depois da peça eu vou é dormir/ficar fazendo coisas inúteis no computador.

Então, já que ainda não passou a peça, adios.

Até lá.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Você acredita em Deus?

Sim. Vamos ver se a minha preguiça de responder essas perguntas automatizadas me deixa falar alguma coisa útil.

Hmm.. Assim, eu amo Deus, sabe? Como eu o imagino. Acho que isso acontece com muita gente. Eu acho que ele é o tipo de cara que acha bom quando você consegue superar algo seu pra não machucar o outro. E também acha bom quando você, ao mesmo tempo, consegue conciliar isso com a procura pelo seu espaço no mundo.

Esquece aquelas duas coisas. O biscoitinho deveria dizer "o seu direito termina onde começa o do outro", frase tão desacreditada, mas tão, tão verdadeira. Acho que Deus pensa assim, sabe. Ele quer todo mundo se ame e ame os outros, e eu acho que com esse amor todo é quase impossível você ainda querer machucar alguém de propósito.

Às vezes eu esqueço de conversar com ele e, sei lá, quando eu me lembro disso eu me sinto meio culpado. Mas eu te amo, viu, Deus. E eu espero que você seja mesmo mais ou menos como eu imagino, porque se não eu tô meio ferrado =/


(From Formspring)
domingo, 24 de outubro de 2010

Harry Potter e a renovação.

Descobri que Harry Potter, além de livro favorito, companheiro de infância e fazedor de amigos é também remédio.

Você sabe que o tédio está num nível grave quando:

  1. A única coisa que você tem vontade de fazer é assistir a televisão. Num domingo. E você não tem TV a cabo.
  2. Você está com preguiça de dormir.
  3. Você está com preguiça de falar.
  4. Você não está com vontade de ir ao computador.
  5. Você não quer ler Paradise Kiss.
  6. Você não está com vontade de ir ao computador.
  7. Você não está com vontade de ir ao computador.
E eu estava assim hoje. E eu olhei para o meu lado esquerdo, onde ficam os meus livros, e o vi. Harry Potter e o cálice de fogo.

E eu peguei. E comecei a ler.

E virei um novo homem.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Do movimento contra a dominação dos números exatos - ou - Centésimo Primeiro Post - ou - A história de um garoto - ou - Dedos Gordos E Rosados

Era a história de um garoto que se sentia muito profundo. Era a história de um garoto que se sentia muito bom, muito bem, muito feliz, a família vai bem também, obrigado. Era a história de dezesseis anos, cinco meses e nove dias. Era história de seus cabelos castanhos que queriam ser pretos e de seus olhos sob sobrancelhas fartas, observando, absorvendo.

É a história de um menino que passou a vida ouvindo que era inteligente. A história de um menino que percebeu que, porra, todo mundo é inteligente. Que todo mundo pode, que todo mundo deve. A história dele que aprendeu que é só querer, dele que não sabe se quer e não sabe direito querer.

A história do garoto que não queria ser outro. Não queria estar em outro lugar. Não queria outros pais, outros amigos, outros problemas. Não queria que nem um fio de cabelo mudasse, por medo de que tudo desmoronasse. Como num filme de viagem no tempo. Numa amarga tragédia em que a pintinha de uma amiga sua fosse do lado direito ou em que os lábios de outra fossem finos e que seu sorriso fosse triste.

A história perfeita, cheia de defeitos, da qual ele não tiraria ninguém.

Essa é a história de um garoto que se ama, a mais perfeita das sentenças egoístas, o ápice. Mas é, ele se ama. E por se amar, ele ama Deus, ele ama o mundo. Um garoto que queria viajar, queria sair por aí, mas não gosta de aventura. Um garoto que até hoje só toca o mundo com as pontas dos dedos no teclado.

Um garoto que tem um nome comum. Um nome repetido. Um garoto que além de Lucas é Cordeiro e é Morgana, e é Stefany, e é Nicolas, e é José, e é Átila, e é Vanessa, e é Maria, e é João. Um Lucas que, mesmo sem falar, quer dominar o mundo inteiro.

Essa aqui é a história de um garoto, escrita por seus dedos gordos e rosados.

Cansei de pensar, preciso escrever

sábado, 21 de agosto de 2010

Copiando a Morg - Parte LXICMIIV




O silêncio.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Coisas aleatórias que estão no meu celular

"Seus olhos castanhos ficavam mais vívidos à luz da Lua. Seus dentes brancos como a neve que nos rodeava estavam à mostra; não do jeito que eu desejava, não num sorriso. Era um esgar de fúria, um silvo irritado, um agouro de morte. Ignorava completamente a neve sobre a qual estava deitada queimando minhas costas. Havia mais importantes com que meu corpo precisava lidar. O medo. O medo congelava mais que neve."




"Seus dedos de gelo me são mais caros que a terra da qual nasci e que a alma pela qual lutei. Tu és, cavaleiro, meu inimigo e amante, meu destino e meu penar. Teus cabelos belos, pretos, caindo no rosto descuidadamente. Teus olhos plenos, caindo no meu rosto, desplicentemente. Sua mão escorrega pelo meu peito e depois pelas costas e depois nada mais importa. A areia nos protege e as gaivotas vigiam."
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Oi, como vai você?

Caham. Negócio errado.

Pois é, né? Então, quanto tempo, hein? -coça o projeto de barba-

E, sei lá porque eu tô postando aqui. Acho que é necessidade de escrever alguma coisa, qualquer coisa que seja. Nem que sejam besteiras aleatórias. E, vai eu tava com vontade de falar "oi, como vai você", porque eu me apaixonei pelo pcsiqueira e...

MENTIRA.

Eu só gosto do "oi, como vai você". E da Lola.

E sei lá, vai que eu começo a falar sobre twitter também, uma hora ou outra.

SUA LINDA.

Eu sei que você está aí rindo, Morg. Ou não, né? Vai que acabou o efeito.

Enfim, é, meu blog, minhas besteiras, blablablá de sempre. Tava com planos de tirar fotos de coisas minhas e pôr no header do blog. Sendo que eu tenho que tirar as fotos de dia, since tirar fotos com flash está na pequena lista das coisas que o meu celular não faz.

Tá em itálico, mas não é ironia. Pelo menos comparando com o antigo.

Mas então, em algum dia que eu puder ficar em casa de dia, eu...

CARAMBOLAS,  eu ia fazer uma reclamação sobre o meu tempo sendo roubado pela peça de inglês, mas tem amanhã -facepalm-

Feriados sempre me fazem sorrir. E não, eu não me importo de não saber sobre o que eles são. Matem-me.

E, cara, NÃO vou estudar no dia do estudante. Sete oitavos lá da sala vai, mas eu não. Acho que estudar no feriado é coisa de gente que não estudou nos dias de aulas. Ou de gente normal. Eca.

E é Química. Quem se importa com Química quando tudo que o Deomar fala é perfeitamente inteligível?

Só há duas letras para descrever a Química. Você sabe quais são, Teddy.

Hoje eu estava @teatronadirpapisaboia. Passando texto com o pessoal que não conhece Glee. Foi meio fail porque a gente só vai ter mais três ensaios desses e o de hoje não foi lá muito produtivo. A gente chegou lá tipo duas e meia e fez alguma coisa até três e meia, então perdemos uma hora. Yay.

E ainda voltei com um notebook que NÃO ERA MEU e foi, assim, uma das coisas com mais adrenalina que eu já fiz na vida.

E foi aniversário do Vítor (mudando de assunto. Se você não percebeu, SUA LINDA.), o que me fez pensar que eu o conheço desde a quarta série, quando ele era só o menino rouco que gostava de ler os textos no FB2.

E, erm, tenho que voltar a ler pelo menos dois mangás, ler e comentar em dois fóruns, sendo um desses de minha (e da Tang e da Murder) criação (Write-a-thon). E estou aqui, postando coisas aleatórias.

Pera que eu vou assistir a entrevista com a Marina. Boa noite.






(Sugira imagem para pôr aqui)







Oi, como vai você? -atira no seu pcsiqueira mental-
segunda-feira, 19 de julho de 2010

Day 24 — The person that gave you your favorite memory

Acho que foi lá. Nas estufas. Nos bancos. Na cama-elástica. No final da quarta série.

Acho que é minha memória favorita. Talvez nem seja, mas agora me parece que sim. Obrigado, Morgana de Melo Feijão de Nogueira Fernandes, por me dar não só essa, a minha favorita, como muitas outras incríveis, que com certeza vão ficar na minha cabeça. Nossas conversas ao telefone, nosso livro em conjunto, nossas saídas ao shopping. Os dias de aula mesmo. Os beliscões. As brigas idiotas e as brigas sérias. Obrigado não só pela minha memória favorita, mas obrigado por boa parte da minha adolescência. Obrigado pela Teddy. Obrigado por uma porrada de coisas.

Obrigado, Morg.

Com todo o carinho,

Coooord.

Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to

Vanessinha, minha amiga, minha coisa macia.

Tipo assim, a gente se fala tão pouco, mas tu nem sabe o quanto eu gosto de ti. E eu really não conseguiria explicar direito o porquê (tanto de a gente se falar pouco, quanto de eu gostar tanto de ti). Eu fico te abraçando todo hora, Vamps, mas é por eu sinto vontade. Vontade de ficar perto, de... sei lá. E o melhor é que não é nada sexual, ou algo assim. É só... amizade. De um jeito estranho.

Quando eu te vejo eu fico feliz. E... Meu post vai ficar cheio de reticências e "sei lá"s se eu me estender muito. Mas era isso que eu queria te dizer. Eu te amo que só, Vamps e, apesar de eu não dizer isso pra ti frequentemente, é verdade.

Com amor,

Cord.
sexta-feira, 16 de julho de 2010

30 Days Letter Project

Day 1 — Your Best Friend
Day 2 — Your Crush
Day 3 — Your parents
Day 4 — Your sibling (or closest relative)
Day 5 — Your dreams
Day 6 — A stranger
Day 7 — Your Ex-boyfriend/girlfriend/love/crush
Day 8 — Your favorite internet friend
Day 9 — Someone you wish you could meet
Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to
Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to
Day 12 — The person you hate most/caused you a lot of pain
Day 13 — Someone you wish could forgive you
Day 14 — Someone you’ve drifted away from
Day 15 — The person you miss the most
Day 16 — Someone that’s not in your state/country
Day 17 — Someone from your childhood
Day 18 — The person that you wish you could be
Day 19 — Someone that pesters your mind—good or bad
Day 20 — The one that broke your heart the hardest
Day 21 — Someone you judged by their first impression
Day 22 — Someone you want to give a second chance to
Day 23 — The last person you kissed
Day 24 — The person that gave you your favorite memory
Day 25 — The person you know that is going through the worst of times
Day 26 — The last person you made a pinky promise to
Day 27 — The friendliest person you knew for only one day
Day 28 — Someone that changed your life
Day 29 — The person that you want tell everything to, but too afraid to
Day 30 — Your reflection in the mirror

Haha. Arranjei o que fazer aqui.

Não fui eu que criei, claro. É um meme lindo ♥
quinta-feira, 1 de julho de 2010

HAHAHAHHAHAHAHAH

Gente, eu amo a Kristen. Quando perguntaram pra ela, na premiere de Eclipse, quem era o melhor "beijador" do filme, ela respondeu que era a Dakota.

Sei lá. Eu precisava dizer isso. Quando eu tiver alguma coisa interessante de que falar, eu venho aqui e faço um post útil.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

PUTA QUE PARIU

TEM O CARALHO DE UMA COISA ESTRANHA NO MEIO DO CORREDOR DA MINHA CASA E O NEGÓCIO PARECE UMA BARATA SÓ QUE COM TRÊS VEZES O COMPRIMENTO DE UMA BARATA E AGORA EU TÔ AQUI, NO COMPUTADOR, SEM PODER ENTRAR NO MEU QUARTO, MORRENDO DE CALOR E AINDA COM A CALÇA DO COLÉGIO PORQUE EU. NÃO. POSSO. ME. TROCAR.

SABE O QUE É ÓDIO DA NATUREZA NESSE EXATO MOMENTO? ÓDIO.

ALIÁS, IGNOREM ISSO, EU SÓ PRECISAVA DESABAFAR.
terça-feira, 29 de junho de 2010

Because I have something worth living for

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eu vou morrer desse jeito.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Que dor no coração, meu Deus *chora*

domingo, 6 de junho de 2010

by Lord Vold€mort

Verse One:

Wake up in the morning feeling like the Dark Lord

(Merlin’s beard!)

Grab my wand, apparate, get my wizard chessboard

(Lets go)

Before I leave, kill the spare with the killing curse

When my death eaters get here it’s gonna get worse!

Pre Chorus:

I’m talking Pettigrew as my slave, slave

Potter on my father’s grave, grave

A horcrux in a cave, cave

Drop topping, opened chamber of secrets

A horcux in a locket

Killing Mudbloods is my favourite.

CHORUS:

Crucio, Imperio

I’ll be at Godric’s Hollow

Tonight, a green light

The prophecy was right

Crucio, Imperio

Avada Kevadra, whoa

Oh whoa oh

Oh whoa oh

Verse Two:

I’m gonna rule the Ministry, I’ve got some Butterbeer

Got loads of galleons in my robe, Potter’s joining me here

And now, we search around the Department of Mysteries

Wait for Potter and his friends to pick up his prophecy!

Pre Chorus:

I’m talking, dark mark in the sky, sky

Snape is really my spy, spy

Dumbledore say goodbye, bye

Now, now, Hogwarts is the zone, zone

Where’s the Philosopher’s Stone, stone

Potter’s got the stone, stone

Po-Po’s got the stone.

CHORUS:

Crucio, Imperio

I’ll be at Godric’s Hollow

Tonight, a green light

The prophecy was right

Crucio, Imperio

Avada Kevadra, whoa

Oh whoa oh

Oh whoa oh

Bridge:

A parselmouth

I talk to snakes

I ain’t a fake

Nagini’s got me

With my wand up

Put your wand up

Put your wand up

-

A parselmouth

I talk to snakes

I ain’t a fake

Nagini’s got me

With my wand up

Put your wand up

Put your wand up

-

The evil don’t start ‘till I walk in

CHORUS:

Crucio, Imperio

I’ll be at Godric’s Hollow

Tonight, a green light

The prophecy was right

Crucio, Imperio

Avada Kevadra, whoa

Oh whoa oh

Oh whoa oh

© Copyright to OculusReparo and Lauren the Great

Como essa música é linda. Puta que pariu.

Quando eu era mais jovem, eu vi meu pai chorar e xingar o vento. Ele quebrou o próprio coração e eu o assisti reconstruí-lo. E a minha mãe jurou que ela nunca iria deixar a si mesma esquecer. E aquele foi o dia em que prometi que eu nunca iria cantar sobre o amor, se ele não existe.

(Mas querido... você é a única exceção.)

Talvez eu saiba em algum lugar bem fundo na minha alma que o amor nunca dura e que precisamos encontrar outras maneiras de fazer isso sozinhos ou de manter-nos tranquilos. E eu sempre vivi mantendo uma distância confortável. E até agora eu jurei para mim mesma que eu estou satisfeita com a solidão, porque nada valia a pena.

(Mas você é a única exceção.)

Eu tenho uma ligação forte com a realidade, mas eu não posso deixar passar o que está aqui na minha frente. Eu sei que você vai embora de manhã, quando acordar. Deixe-me com algum tipo de prova de que isso não é um sonho.

Você é a única exceção.
Você é a única exceção.

E eu estou quase acreditando...



quinta-feira, 3 de junho de 2010

Oi, eu sou Goku

Follow my blog with bloglovin

Gente, eu ganhei sou pai, agora! Eu ganhei um filho, uma coisa minúscula, preta com branco e marrom que fica gemendo a toda hora.

Um cachorrinho (insira aqui olhos em forma de coração).

E o nome dele é Gohan. E ele é tão macio. E é tão bonitinho quando ele fica me senguindo.

Agora quando eu for na casa do meu pai eu vou ter dois bebês pra ver, o Levi e o Gohan.

Não é legal?

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Morre, Stefany

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Again and again

A vida é cansativa. Sei lá. Às vezes você tem que fazer a mesma coisa toda dia e, mesmo a coisa sendo boa, enche o saco. Por isso que eu não entendo o fato de a Stefany sempre beber Nescau de manhã. (Nada pessoal -q) Apesar de gostar de Nescau. Sei lá. Imagina trabalhar, como não deve ser chato? Eu acho que eu quero fazer uma coisa bem diferente quando for adulto. Repetições me deixam com gastura, principalmente quando eu tenho consciência delas. Escolas é uma dessas coisas boas que se repetem e se tornam um saco às vezes. É tão estranho isso. A escola devia ser tão diferente. Sei lá, esse sistema organizadinho e todo "vamos passar no vestibular, rsrs". É um saco isso. Não estimula ninguém a gostar de aprender. Não estimula ninguém a aprender, pra começo de conversa. Argh. E o pior é que pra mudar isso teria que mudar toda a coisa desde bebezinho até a forma de admissão nas faculdades. Aliás, que alunos param pra pensar que o vestibular é SÓ UM TESTE PARA A ADMISSÃO NA FACULDADE? Quase nenhum, cara. Vestibular é A coizona, quando era pra ser só uma prova... sei lá, uma prova normal. Acontece isso com as provas do colégio também. A sua função devia ser medir o aprendizado dos alunos e NÃO UM NEGÓCIO PRA BOTAR OS CARAS NA RECUPERAÇÃO. OU PRA TIRÁ-LOS DA TURMA, O QUE É PIOR. Minha nossa, esse povo não pensa no que representa uma turma pra um bando de adolescentes? Eu fico puto com essas coisas. Enquanto os alunos deviam estar aprendendo, eles estão SE MATANDO, TÃO CHORANDO PRA CHEGAR NUM NÍVEL ESTABELECIDO PELA PRÓPRIA ESCOLA MALIGNA. Cara, eu agradeço muito minha bolsa e meus amigos de lá, mas o FB é uma escola muito fuleragem. Com o perdão da expressão. Mas meus filhos passavam loooonge de lá. Serião. Não quero que eles passem pelo que eu vejo meus amigos passando hoje em dia. Eu quero que meus filhos gostem de aprender e que aprendam e se tiverem que passar no vestibular, que passem, mas como CONSEQUÊNCIA. Entende? É a mesma diferença entre o Harry ser obrigado a matar o Voldemort por causa da profecia e ele querer matar o Voldemort por queria fazer isso.

Eu acho certas coisas da sociedade uma PUTA FALTA DE SACANAGEM.
















Altos níveis de aleatoriedade detected

[ ]

Um livro conta a história de uma mãe que tentou, tentou, mas não conseguiu ter filhos e agora espera uma criança que vai nascer dali a uma semana e que será seu filho ou sua filha. As ansiedades, os medos, as alegrias. A pintura do quarto, a compra de fraudas — tudo em uma semana.

Em uma semana ela poderá segurar a frágil criaturinha em seus braços e dizer "esse bebê é meu".

terça-feira, 25 de maio de 2010

A ruiva e o nerd

A ruiva retira os óculos dele com muito cuidado, colocando-os na prateleira mais próxima. Ele verifica se ela o guarda de forma correta. Ela enterra uma mão no cabelo dele e a outra ela joga na parede, teatralmente, cercando o garoto.

Ele reage. Ele nunca beijou, mas ele não vai deixar qualquer ruivinha o dominar. Ele reage e ela o prende com força até de mais.

O beijo. Ah, o beijo. Nada de descrições, só sensações. Ela está completamente envergonhada de ter feito aquilo com ele e ele tem o rosto completamente vermelho. Ele não fala nada. Ele anda, apenas anda. Anda para longe.

E você fica com aquela cara de êxtase pensante. O que é que eu fiz?

segunda-feira, 24 de maio de 2010


Indie Rock 'n' roll

O braço dele passa pela cintura dela com graça. Ele é elegante. Nossa — a garota ri, as bochechas vermelhas. Ela não sabe o que dizer. Ela pensa que tem que falar, tem que falar, mas simplesmente não consegue pensar em nada interessante suficiente para que o garoto queira saber. Não consegue. Ela é burra? Não. Ela só não conhece o rapaz direito. Ele, também, não fala muito, aliás. Seu semblante é sério, combinando com seus negros olhos castanhos e seus na-altura-no-ombro cabelos pretos.


Pretos como café.


As bochechas da garota continuam vermelhas porque ela não sabe — apesar de ser óbvio — que ele está tão envergonhado quanto ela. O garoto não sabe se a sua pulseira a está arranhando, não sabe se a sua mão deveria mesmo estar ali, não sabe se deve oferecer sua jaqueta de couro para protegê-la do frio, não sabe se deve falar sobre o céu cheio, cheio, cheio de nuvens muito cinzas — mal sabe o nome da garota, todos a chamam de Cá. O garoto está tão inseguro quanto a garota, mas pelo menos ele sabe que o destino está próximo.


The Pub. O lugar perfeito. O lugar feito para ele. O lugar que ele esperava que ela gostasse também.


Nossa, para onde será que estamos indo — se pergunta a garota, e ela mal sabe que está olhando para o local, bem ali, na esquina, com letras grandes e brilhantes. Ela passa a mão de dedos longos pelo cabelo loiro e depois ajeita a calça.


Minha Nossa, quantas preocupações. Tantas sinapses, sinapses, para que tantas sinapses, meu Deus? Para que, se depois das portas do Pub tudo é barulho e felicidade e tudo acelera e a roupa não é mais importante, onde está sua mão não é mais importante, tudo, todos são um com a música.


Para que tantas sinapses, se os dois pulariam e gritariam a música juntos, os dois amam, um ao outro e à música, e quando ela diz que está tarde ele a puxa e grita "STAY, IF YOU WANNA LOVE ME STAY" e ela mal sabe o que significa mas simplesmente sorri e preenche a boca e a vida dele.


E todos olham a cena. O guitarrista desliza os dedos pelo instrumento.




It's indie rock and roll for me...



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Supernova

Estela tinha seu brilho. Estela é moça nova, cabelos de ouro e olhos de ouro. Olhos de ouro, olhos brilhantes, olhos reflexivos. Olhos de Estela. Estela tinha seus dedos de pianista, aqueles que deslizam pelos ombros retirando a alça do vestido e então a pele brilha tanto quanto os olhos. Pele, dedos, os meus e a dela, a minha e os dela. Estela, ah, Estela. Seus pés eram tão bonitos. Pés de tamanho-Cinderela e liso e branco e — eu já disse bonito? Seus lábios eram lilases como o céu no dia em que eu a vi pela primeira vez e seus dentes brancos como as nuvenzinhas em forma de hipopótamo. Sua alma é tão delicada quanto seus pés. Sua alma é cheia de detalhezinhos, como impressões digitais serpenteando em círculos e elipses, mares e rios de sentimentos e pensamentos profundos. Suas ideias são ouro como os cabelos, suas convicções fortes, mas suaves. Quer dizer. Eram. Eram. Estela.

De Estela, só sobrou o brilho azul. É agora Estela-supernova.





















Estelas sempre morrem um dia.
sexta-feira, 14 de maio de 2010

A geração tolerância

E eu me surpreendi com a Veja. Vendo a capa da última edição, eu fiquei todo cheio de preconceito que ia ser uma reportagem tensa e estranha e nada a ver com a realidade.

Porém, eu li e... Nossa. Que reportagem legal. Será que os assinantes da Veja lerão a matéria? Será que alguém vai ter a coragem de chegar numa banca, pegar a revista e folheá-la?

Mas a intenção foi ótima. Mostrar a "realidade" gay de hoje em dia, esquecendo todo o papo antigo e já saturado. A reportagem poderia ter sido um pouco mais realista, mas ela é extremamente boa para prever um futuro próximo.

O ponto principal da reportagem são os adolescentes, e a aceitação da homossexualidade por essa faixa etária. São eles que trazem a mudança. É o pensamento da nova geração que leva ao avanço.

Sempre houve esse contraste de ideias na minha cabeça. Em um lado a aceitação absurda de vários usuários da internet e do meu círculo de amizades e em outro a homofobia e o preconceito dos adultos parecendo completamente normal.

Ao mesmo tempo que vejo uma senhora na fila do dentista falando que o Big Brother é coisa do demônio porque tem gay, lésbica, tudo no mundo, eu vejo um pseudo amigo meu beijando um amigo meu na frente de um monte de gente.

Talvez, se você pensar exponencialmente, o mundo no futuro vai ser melhor em relação a esse aspecto. Existe um número cada vez maior de jovens (um número ainda pequeno comparado com todo o resto, mas crescente) que aceita a homossexualidade como uma coisa normal. Como uma outra característica qualquer do ser humano.

Assim, quem sabe, daqui a umas duas ou três gerações, vai poder haver esse diálogo em qualquer família:

"Mãe, eu fiquei com o Pedro na festa. Lembra do Pedro?"

"Não, filho, ele é bonito?"

"Aham."

"Mas foi só fica ou..."

"...Ou?"

"...você está gostando dele?"

"Não sei, mãe. É uma coisa complexa"

E imagino também os pais discutindo sobre como era grave e estranho ser gay ou bi "antigamente" e gargalhando, como se estivessem falando que brincavam com Beyblades quando eram crianças.

Quem sabe... A reportagem sobre ser jovem e gay pode até ser um pouco utópica, mas, talvez como o índio que mirava na lua, é visando a utopia que acertaremos o mais longe possível.
segunda-feira, 5 de abril de 2010

Temptation 1000 / Meme legal / tirando a poeira do blog

1 - Escolha uma música qualquer do seu computador (como nosso idioma é o português, o resultado é mais legal se escolhermos uma música nesse idioma)



2 - Procure as quatro primeiras estrofes da música (ou o refrão) na Internet


3 - Vá para o tradutor do Google e traduza a letra para o alemão


4 - Pegue a letra em alemão e traduza para o crioulo haitiano


5 - Pegue a letra em haitiano e traduza para o japonês


6 - Pegue a letra em japonês e traduza para o português


7 - Poste a nova letra da música em português, e em seguida a original.

Nova música:
 
É parecido com
Temptation 1000
Meninas, como as mulheres
Novos truques e tribulações

Música original:

Seus olhos e seus olhares
Milhares de tentações
Meninas são tão mulheres
Seus truques e confusões

WHAT THE FUCK?
 
Mais uma vez o Google Tradutor mostrando sua utilidade...
 
Temptation 1000 vai ser o nome do próximo blog que eu criar, fato, fato, fato.
 
*tossindo com a poeira do blog*
domingo, 28 de fevereiro de 2010

Através do espelho

"Nós enxergamos tudo num espelho, obscuramente. Às vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir mais esse espelho, veríamos muito mais coisas. Porém não exergaríamos mais a nós mesmos"

sábado, 27 de fevereiro de 2010
Eu não sei o que postar aqui.

Mesmo. Sei lá, acho que estou preso de novo naquele medo de interpretações erradas. Quer dizer, até mesmo das interpretações certas.

Tem uma pessoa da qual eu gosto muito, mas eu sou um fucking amigo horrível. E lesado. Eu não vou mais prometer coisas, ok? Vou só falar a verdade. (Já falei, aliás. Tem um post que é pura verdade, ali embaixo).

Tem outra da qual eu também gosto muito. Com essa as coisas estão indo até estáveis. Apesar de complicadas em público.

Tem outra pessoa que gosta de me beliscar, mas não gosta que eu a belisque. Essa aí eu não sei se tem jeito não. Ou a gente se mata.... Ou a gente não se mata e fica ok, ora bolas. E eu escolho a opção b, obrigado.

Outra me decepcionou por sei la... Talvez nem tenha sido culpa dele. Ou talvez sim. O que acontece hoje é que eu sinto muito saudade dele. Só da presença, sei lá. Qualquer coisa.

Tem aquela que é tão boa de morder, mas eu não tenho coragem de ir até o fim, porque vai que sangra.  Aquela que eu não quero que se machuque. Ou que se afaste. Eu amo assim, meio de longe, só vendo como ela é uma pessoa especial, mesmo na TPM.

Será que o sexto é o meu Tony? Nunca tinha pensado por esse lado. Mentira. Já tinha sim, e por enquanto ainda vale a pena. Vamos ver aonde a vida nos leva.

O sétimo é aquela pessoa que apesar de reclamar dos outros às vezes (além de reclamar do calor, de tudo, tudo), é tão parecido com todo mundo. Tem todos os problemas que aponta, e acha que sabe lidar com eles. Haha pra você, sétimo.

Pra mim — e eu juro que eu não estou falando da boca pra fora — nós ainda somos Sete. Os Sete. Os Sete Vampiros. Quatro mais um e mais dois. Dois mais dois mais dois mais um. Três mais dois mais dois.

Sete (há todos os outros, há, há, mas no fundo, no fundo, pra mim, simplesmente não é a mesma coisa). Às vezes eu penso que estou apensas me iludindo. Às vezes eu penso que estou certo.

Porra.

Sei lá.
sábado, 13 de fevereiro de 2010

Recortes I

Eu tenho quatro anos e sei trinta piadas de cor, basta dizer o nome que eu conto. Eu tenho cinco anos e sei descobrir a idade de uma pessoa apenas através do ano de nascimento. Eu tenho quatro anos, e sei dizer onde eu moro, desde o número do apartamento até a galáxia. Eu tenho cinco anos e sei ler tudo menos inconstitucionalicimamente. Eu tenho seis e brinco de nave espacial com apenas duas cadeiras e uma cama na casa da minha avó. Tenho uns seis ou sete, e bebo o caldo de carne da Tia Nadja. Tenho uns dez, e estou na Bahia e meu primo pede tuco de macurujá.


*


Eu tenho cinco anos e meu pai está chegando de viagem, e eu e minha mãe vamos buscá-lo no aeroporto. Estou no banco de trás, meu pai chega, põe a mala do meu lado e há um bolso do lado de fora dela. Tem uma pequena parte de um livro para fora. A capa parece legal. Eu começo a ler a primeira linha da sinopse e depois vou puxando e puxando e lendo e lendo, até tê-lo em mãos.


Harry Potter entrava em minha vida.


*


Sete anos e colégio novo. Primeiro colégio novo da minha vida. Depois de estudar no Christus desde que me lembrava, fora para o Tony.


Eu conhecia um menina da minha turma, que era filha da Tia Sâmia, mas com quem eu brincava mesmo era com o Frango. Era seu apelido legal, por causa do sobrenome. Lucas Dantas Franco.


Lembro que a gente comparava os alunos mais velhos correndo na hora recreio com carros. Se eu não me engano, tinha até uma faixa de pedestre.


*


Oito e Christus novamente. Tem os amigos velhos, o Vítor, o Davi (que eu havia descoberto ser meu parente distante), a Thaís (nossa, eu ainda lembro dos nomes...) e alguns novos talvez. Ou não. Eu não sou muito bom em fazer amigos, sei lá.


Ficava ansioso que chegasse o próximo ano, quando eu ia ser o mais velho da sede inteira, e depois, depois eu iria talvez ser aluno da minha mãe! Mas não.


Minha mãe tem um trabalho novo, e ela fica falando de um tal de Farias Brito, mas eu simplesmente não quero deixar o Christus outra vez. Eu não quero, mas ela diz que logo, logo eu vou me acostumar com os novos amigos, e ela me convence.


*


Oito e eu chego no Farias Brito Central Júnior e estou com a farda do Chistus, e um menino quase negro, de cabelos curtos para do nada e me pergunta: "Ei, má, o que é que tu tá fazendo aqui? Que blusa é essa?". Eu só faço cara de "o quê?" e depois ele vai embora e eu fico lá esperando enquanto sou matriculado.


*


Nove e a Tia Jane fala "divide pelo de baixo e multiplica pelo de cima", usando o dedo médio para demonstrar o processo. Ela também fala depois o significado do gesto, e eu passei a nunca mais usá-lo da mesma forma.


É a Tia Jane também a que foi minha professora favorita por muito tempo, mas que minha memória não permite que eu diga que ainda é. Eu só lembro de suas feições, e ainda acho que misturo com outras perofessoras mais antigas.


*


Nove anos e meu passatempo (passada a fase sem-amigos-todo-recreio-na-biblioteca) é correr pela rampa do colégio junto com o Coelhinho, enquanto Emanuel nos persegue. Sei lá o que ele faria se nos pegasse.


Eu sei que ele era louco, mas, sei lá, ele podia fazer isso na hora da aula, quando estávamos parados. Depois a gente passou a brincar no parquinho. Eu era o líder (e isso é até meio estranho de se pensar) e eu ia fazendo desafios com os brinquedos, que eles tinham que repetir. Imaginem que coisas superdifíceis eu era capaz de fazer. Eu lembro claramente que uma das coisas era escalar aquele brinquedo estranho que era praticamente um telhado feito com troncos, só que sem uma casa embaixo, e gritar "eu sou o rei do mundo" de cima do topo. (E agora eu penso como é estranho imaginar o Florêncio fazer isso também.)


Quando a gente ficava livre na Educação Física a gente pegava as bolas de basquete e ficava batendo-as por toda a quadra, subindo as escadas com ela, tendo que fazer tudo que eu imagina possível de ser feito.


A gente brincava de Artemis Fowl; lembro que nessa época eu até criei um hino para o Povo das Fadas (onde será que está isso?)...


Nas nossas loucuras no parquinho tinha a porta corta-fogo que era minha mãe, com a qual eu conversava através dos rangidos que a maçaneta fazia.


Tinha o mundo da brincadeira, que era onde aconteciam as coisas divertidas, e a gente tinha um óculos que a gente tirava quando queria falar algo que não tinha a ver. Acho que esse óculos foi criado nas brincadeiras com uma prima minha, mas enfim.


Era quase um RPG em tempo real. O Emanuel adorava exagerar e criar coisas como escudos impenetráveis, e eu tinha que intervir com a voz da razão.


Eu nunca fui popular. Eu acho que sempre fui do grupo dos que seriam personagens principais em filme de escola. Nem os nerds muito nerds, nem os jogadores de futebol, nem as patricinhas. Esse tipo de grupo parece tão comum pra mim, mas eu não consigo arranjar um nome pra ele.


Quase a sala inteira brincava de Meninos contra meninas e de Polícia e ladrão, e eu o Emanuel e o Coelhinho não. A gente ficava lá, no canto do parquinho mas próximo a saída de trás do Júnior, brincando de qualquer coisa.


*


Quarta série, e agora tem mais gente, bem mais gente. Além desses três Lucas tem a Monique, tem o Khalil, tem o Alan (meu arque-inimigo da série anterior!). E agora começam as brincadeiras que eu, na maioria das vezes, inventava. Tem uma que é pega-pega, só que quando o pegue pega em alguém, a parte do corpo tocada fica imobilizada. O pegue tocou sua perna, você tem que correr com uma só.


E veio também o FB2. Os banhos muito envergonhados (uma coisa que eu detestava no começo do ano era tomar banho no FB2), os almoços e a Tia Gracinha (♥). O Emanuel em dois turnos, as meninas brincando de Witch no banco de frente para os banheiros, as brincadeiras com o Alan na sala de repouso, que era como se a gente tivesse a Força de Star Wars, só que a gente chamava de Força G, eu acho.


As quintas-feiras de duas aulas de informática, natação e depois Eucaristia com a Tia Virgínia("meus amores e minhas amoras" ♥ Lembra que um dia ela trouxe amora pra gente provar?) e depois comer caranguejo no Gaúcho e ocasionalmente encontrar a Morgana e fazer a tarefa da Eucaristia com ela.


A Tia Cíntia, a Tia Lígia. Aquela outra loira e estranha que substituiu a Tia Lígia.


De manhã, tô lembrando agora, a gente fazia lutas de vampiros. E tinha até narrador anunciando os pesos e alturas. E eu era superbaixo e supermagro e o Alan fazia questão de frisar isso. É, talvez ele não tenha mudado tanto tão rápido...


*


Dez anos e desespero por Harry Potter e a Ordem da Fênix e depois alívio e depois enlouquecimento; 702 páginas em cinco dias.


Aí veio o final do FB2 e veio aquele passeio que a gente nunca vai cansar de lembrar, que tinha a trilha de árvores que de repente virava um deserto e da multidão branca subindo a duna enorme e depois correndo até a água desesperadamente. O passeio de ter aula de Herbologia de mentira em estufas de verdade e de derrotar o Túlio em perguntas de Harry Potter, enquanto pula na cama elástica.


*


Quinta série e eu não vou pra Olímpica, e como será que eu seria se eu tivesse ido? Como seriam minhas amizades hoje?


Foi um baque, a quinta série no central. A gente tinha o espírito de brincar todo dia, de correr, de gritar, de fazer efeitos sonoros com a boca, de imaginar... E de repente milhões de pessoas gigantes a nossa frente e a gente não pode mais fazer nada. Foi realmente frustrante para mim, foi um anúncio de fim de infância muito repentino.


A gente tentava brincar quando saia onze e dez, mas não era a mesma coisa.


Aí começou a época do sentar e conversar. Do sentar e conversar na biblioteca e depois ficar com raiva do colégio porque não pode mais entrar com lanche lá dentro. Aí a gente come, come, come e depois entra e o ainda Colehinho fala o que ele tá aprendendo na Olímpica e eu fico louco para aprender também. Foi uma decisão meio difícil mudar de turma na sexta série, mas eu ainda era muito jovem e, de qualuqer forma, eu ainda passei muitos meses visitando meus ex-colegas, e no começo eu passava o recreio inteiro com eles. Ela legal. Tinha as novatas com quem eu não tinha nem estudado, mas conheci mesmo assim. Eu lembro da Carla que era do Pará (e hoje em dia mora lá, mesmo), que ainda fala comigo no Orkut de vez em quando.


*


Sexta e eu achava que só ia ter o Coelhinho de conhecido, mas o Rodrigo estava lá. E, sei lá, era estranho falar com ele, porque ele era da turma dos populares que jogavam futebol, mas ele era da mesma turma que eu e éramos dois novatos solitários. E havia o Tales também. Eu lembro tão claramente de eu e o Rodrigo se perguntando, espantados, como o Tales tinha entrado na Olímpica?


A gente sempre sentava do lado direito da sala quando a gente podia escolher o lugar, mas depois veio o mapeamento.


Mapeamento é uma dádiva na minha vida. Acho que noventa por cento das minhas amizades de hoje eu devo ao mapeamento. Fato, fato, fato.


Já teve teatro esse ano e eu fui, mas eu nem lembro por quê. Será que já nessa época eu conhecia a Teddy-Morgana-Raquel-Bianca? Será que foi por isso?
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"-Tô na faculdade.

-Ai, que legal!!! Tá fazendo que curso?

-Letras.

-LETRAS??? E depois cê vai fazer o quê?

-Como assim?

-Quem faz Letras depois trabalha com o quê?

Vou tentar responder de uma vez por todas essa pergunta irritante.

O curso de Letras é um curso de formação em línguas, literatura e comunicação. O profissional de letras pode trabalhar como professor, pesquisador, crítico literário, tradutor, intérprete, revisor de texto, roteirista, secretário e acessor cultural, linguista e escritor. Ele pode atuar no mercado nas áreas de Línguas, Literatura, Mercado Editorial, Comunicação Impressa e Virtual e Publicidade entre outras.

Falei?"

(daqui)

*Pisca para Morg*

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Assassina Inofensiva

Você sobe as escadas daquele seu jeito, e sua saia balança mas eu estou de short, mas os garotos não ligam para isso, Teddy, sério. As pessoas ficam lá, te dizendo que só falta um par de orelhinhas, e eu realmente não sei o que você realmente acha disso. Minhas opiniões sobre você são tantas e tão contraditórias que às vezes eu acho que eu entendo o que você quer dizer com "instável".

Eu te amo tanto e, sei lá... quando tu fica de mal comigo me dá um vazio. Mesmo que a gente esteja prestando mais atenção na aula ultimamente, eu senti sua falta naquelas três aulas em que você estava dormindo. Senti a falta de fazer meus comentários sobre a aula, de ver você revirando seus olhos brilhantes, de ver seus desenhos. Até mesmo da sua cara de sono-raiva-tédio, que quase me dá calafrios só de pensar.

E aquele seu jeito de não querer me obrigar a ler as coisas que você escreve, mas você não sabe que eu preciso ser obrigado? Autonomia mandou beijos pra mim e foi embora. Adoro você perguntando umas três vezes o que eu achei da Everyday Combat e, é verdade, o tanto que eu gosto da fic dá pra comentar três vezes.

E eu te vejo lá, tão debruçada na barra de metal que é óbvio que você quer estar lá no palco e fico com aquela música que eu não conheço tocando ao fundo e... sei lá, olhando pro Eládio e pensando em como ele faz o seu tipo. E fico pensando nas milhões de coisas que você deve ter pensado quando ele não te deu a palheta (, sua paranoica).

E... nem sei... quando você deita no meu colo eu gosto de fazer carinho. Os cabelos se enrolando nos meus dedos (e eu lembro de quando eles caem sobre meu caderno milhares de vezes)... Seus colares tilintando... Nossa, tantas coisas passam pela minha cabeça enquanto eu escrevo isso. Agora eu entendo como a Morg conseguiu fazer aquele post imenso, porque são muitas coisas mesmo.

Muitos detalhizinhos (a blusa listrada, a concentração enquanto desenha, quando você faz aquele golpe de luta estranho, a cor dos cabelos, como eu não consigo ver suas pupilas, sua cara de desconfiança quando fala com o Nicolas, a batida de cabeça, a casa, o jeito como você segura o celular, sua surdez iminente, os coelhos, o seu jeito quando você fala com a Morg, e só com a Morg, aqueles "nada" e um sorriso odioso, seu balançar de cabeça por causa dos beliscões, como você viaja em pensamentos, sua falta de foco, as interrupções, os "quem é que faz o agendão?" não ouvidos, o jeito como você morde o seu colar novo de guitarra, você girando na grama em frente a sala da turma ITA, você pondo a franja para trás da orelha, mesmo sabendo que ela não vai ficar lá nem por um segundo, suas bochechas sempre coradas, sua capacidade de falar qualquer coisa de um jeito fofo, inclusive "putinha", seu jeito tão adulto de brigar com seu primo, sua incapacidade de falar sem ser ouvida, as coisas caindo ao seu redor). Muitos mesmo. Acho que é isso. Eu queria que você soubesse que eu tenho essas memórias, que eu me importo com você, que eu te conheço por dentro...

Você também faz parte da banda de rock (vide post abaixo) e eu continuo apenas cantando meu bolero, mas a gente é amigo mesmo assim.

Vai entender a amizade. É daquelas coisas que não tem que entender...

Peace and Love

Você sente os dedos brancos dela e você tem tanta vontade de mordê-los. Não só porque você gosta de morder, mas porque eles parecem feitos de nuvens e nuvens são coisas que (você tem medo, mas) você sonha alcançar.

E ela grita tão antes e depois você ri e nada mais precisa ser dito. Ela gosta de sorvete de chocolate e você gosta do de nata com goiaba — mas seus dentes são feitos para morder carne e ela diz que dói.

Ela deita no seu colo mas você não a acarinha, porque você nem sabe que essa palavra existe. Ela ri tanto quando você a imita. Ela ri tanto, tanto quanto briga e é chata.

Ela sai correndo às vezes, e você não sabe de quem é o ritmo certo. Às vezes você tenta acelerar sua batida, mas não adianta. Um cantor de bolero simplesmente não consegue andar com uma banda de rock.

Desajustes, dissincronias... Amizade.


Universo louco


"Para a Borboleta

Acordei com muita saudade hoje. Saudade de tudo e de todos, mas principalmente de uma certa melhor amiga ligeiramente insana e estranha com a qual eu sempre me identifiquei.É, é você mesma. Borboleta as vezes, mas sempre psicodélica. Difere das borboletas comuns que voam alto, mas se parece com elas na beleza e na leveza. Sabe me acalmar apenas com a presença.É uma amizade idealizada por mim. Os outros nos olhavam e riam (sempre foi assim, nós somos assim, meio engraçadas).Saudade do seu humor ironico e inteligente (as melhores piadas sem sentido ,de regra). Saudade da sua crítica mordaz, espera aí, você ainda faz isso ¬¬ (certas coisas não mudam).Deve ser coisa de amigo sincero isso de sentir aperto no coração.Lembro de você ,sobretudo, quando vejo algum desenho bonito na parede, ou no vestido de alguém que tem o seu bom gosto. As vezes acho você perfeita, outras não, pois você deveria me procurar mais.Espero que você pense em mim como a amiga errada nas horas certas. Não se esqueça das nossas converas frenéticas e entusiasmadas sobre a metafísica e o vento que muda o curso da vida das pessoas, tampouco das viagens estáticas e dos planos.Seus sonhos ainda ilustram os meus, nas madrugadas em que não tenho pesadelos."
(daqui)

Ou é uma coincidência muito LOUCA, ou eu achei o blog da Vanessa.
Medo extremo das duas possibilidades.
(Postando do notebook novo, yay!)


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Somewhere in Between

Caramba.

É, caramba. A vida é complicada porque as pessoas fazem dela uma coisa complicada.

As pessoas ficam machucando umas as outras porque se sentem mal, e se sentem mal porque foram machucadas por outras pessoas que se sentem mal.

As pessoas têm necessidade de diminuir, humilhar, brigar, porque precisam sentir que estão com o poder na mão.

Elas têm necessidade de controlar tudo, de prever tudo, de nomear tudo, de rotular tudo.

Quando algo sai do imaginado, é um desespero completo e total.

Bum.

E não é que as pessoas nasçam más, ou que seja tudo culpa de algumas e outras sejam vítimas. Todos são culpados. Todos são vítimas.

Tem vezes que você não tem escolha. Tem vezes que bate aquele tristeza, ou aquela raiva, e você não consegue não ser chato com seus amigos. Ok. Acontece. Mas você deve estar consciente de que você simplesmente não pode, não tem o direito de machucar outras pessoas por causa de um sofrimento seu.

Se você quer que seus amigos saibam que você está triste, fale com eles. Desabafe. Eles vão te consolar, eles vão chorar com você, eles vão te apoiar.

Quando a pessoa não consegue lidar com ela mesma, ela precisa de ajuda. Você pode chamar isso de baixa auto-estima, traumas da infância, hormônios na adolescência... The people around you only call it bad.

Se você acha que sua vida não tem jeito, que tudo dá errado para você, você precisa de ajuda. Se você tem uma grande decepção, você não pode simplesmente ficar triste e esquecer de todo o resto.

Você, as pessoas, todo mundo, precisa sempre lembrar aquele "eu te amo" que o amigo falou na semana passada, o passeio incrivelmente divertido de sábado, como aquele flor era cheirosa e como sua cor era viva. Acho que todo mundo tem que aprender a parar de complicar ainda mais a vida.

Todo mundo mesmo, porque o mundo só vai ficar melhor quando não houver mais ninguém complicando a vida de ninguém. É difícil mudar quando o mundo parece só girar e girar e girar e continuar do mesmo jeito. Mas se ninguém começar...

Nós vamos continuar chorando apenas com nossos travesseiros por medo do que as pessoas vão pensar da nossa tristeza, continuar sendo humilhados por pessoas sem confiança nelas mesmas, continuar se achando menor quando se é menormenormenormenormenor...

A vida é tão ampla, as escolhas são tantas... O ser humano é tão complexo e os conceitos e adjetivos são tão frágeis...

Com um mundo assim, cheio de possibilidades, nós devíamos ser tão mais livres... Mas não somos.

Que tipo de mundo nós queremos?

Eu amo todos nessa foto, e o fotógrafo também. Todos merecem ser felizes. E isso é tão óbvio que... não sei. É tão óbvio, e por que às vezes não acontece? É tão óbvio e por que é tão difícil viver, meu Deus?

(PS: Desculpe se eu magoar alguém com esse texto, sei lá. E eu tô falando isso porque o mundo é complicado, e eu sei que vocês vão ficar pensando mil coisas do tipo "será que ele tá falando de mim nessa linha?" ou "será que o Cordeiro tá com raiva?".

PS2: Será que eu tenho coragem de copiar isso como resposta da tarefa do Carlos? Hahaha, não, vai dar muito trabalho.)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Elementar, meu caro Watson

Tá que eu perdi logo o programão amizadal no último dia de férias, mas não tem como negar que meu dia foi pelo menos um pouquinho legal.

Assistir Sherlock Holmes deixa o dia de qualquer um mais feliz!

tenso

Eu não resisti. Eu assisti, porque se eu não ia passar a tarde com meus amigos conversando e fazendo coisas legais, eu é que não ia ficar em casa.

E tem o fato de que estava like bad feeling que o filme ia acabar saindo do cinema antes que a gente finalmente resolvesse assistir, tipo o que vai acontecer com Avatar...

Sim, o azul.

E amanhã é o primeiro dia de aula. E normalmente eu fico até feliz com isso, mas esse ano eu tô supertenso porque, tipo, vão entrar uns 37 novatos...

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, eu ainda sinto que vai ser um ano bom. Não sei por quê. É... como eu posso dizer? Like good feeling.

 

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