sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tudo

Ah, como é bom e ruim pensar que somos tudo e nada. A matéria, e só uma parte infimíssima dela.

Os cabelos daquela garota, as costas daquele cara, os olhos, os ouvidos, os pés. Meu Deus, quanto se morre e se perde por coisas insignificantes. Quanto se gasta de fogo para acender a chama da vida (que já está acessa aí em algum lugar e você nem sabe).

Quanto se gasta de correntes elétricas neurais por se preocupar com uma coisa que pode nem existir. Quanto se gasta de borboletas azuis e inquietas dentro de si por uma tensão que está só na sua cabeça.

Quanto se consome e se roi a alma pelo que achamos que é amor. Quanto se espera dos humanos, quanto se espera dos amigos, quanto se espera.

Quando dançamos aquela dança, quando cheiramos aquela trança, quando sentimos a cabeça do outro colada a nosso ombro. Quando ouvimos a respiração calma e tranquila do outro, e temos vontade de abraçá-lo e dormir também. Quando vivemos aquele momento lindo que nos arranca inevitavelmente uma lágrima do olho.

Quando se sente saudade do amor. Quando se sente o amor. Quando canta, quando grita, quando declama, quando deita.

Quando tudo isso ocorre, acontece um não sei o quê. Algo, algo explode. Algo que voa, mas que fica. O amor. O amor é antítese personificada. O amor é o algo, algo que explode quando há amor. O amor voa, mas fica. O amor brilha. O amor... Aquele dorzinha gostosa, aquele sofrimento delicioso, não, não é amor. Gostar de dançar com aquele cara. Dormir com a menina dos sonhos. Não, não é amor. Chorar por uma amiga. Abraçar alguém que você não vê há tempos, e que você gosta muito. Não, não é amor.

Amor é o movimento da vida, é a causa do movimento, e o efeito do movimento. Amor é o equilíbrio. Amor é o fogo, a água, o fluido. O amor é. O amor é. Fisicamente impossível. Não há química no amor. A biologia do amor é o sexo. Com palavras não se diz. Com números não se quantifica. Não está em nenhum lugar, em nenhum tempo.

Nem os metafísicos filósofos conseguem ver o si da coisa. Nem os deuses compreendiam o amor.

A única conclusão de todos esses quantos, quandos, és, cons e nens é que o amor simplesmente não existe.

Puft.


Quem liga para o amor?

Eu quero é os efeitos desse doce e cruel alucinógeno.

4 comentários:

João "Johnny" Roberto disse...

Poxa! Eu me emocionei com esse texto!!! Continue a escrever bem assim, droga!XDDD

Tangerina disse...

Eu te amo. (L)

Stefany Monteiro disse...

*pisca* Obrigada, você acaba de iluminar o meu dia clareando minha mente ♥

Hide and Seek disse...

YAAAAAAAAAAAAAAAAY

*sou idiota e gosto de comentar no meu próprio post 8DDDDD*

 

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