terça-feira, 5 de abril de 2011

Amor (do Formspring)

Acho que não sou a pessoa adequada pra fazer isso. Dizem as más e as boas línguas que eu nunca tive a oportunidade de me apaixonar, que eu tenho coração de gelo, e essas coisas todas.

Mas eu digo, once and for all, eu acredito que eu já me apaixonei sim, e quem melhor que eu pra saber se aconteceu mesmo? Se não quiser acreditar, beleza.

Agora, sobre amor, em geral. Pra mim, amor romântico é um dos mais desimportantes, assim. Não tô menosprezando o sentimento de ninguém, nem dizendo que o amor romântico é menos amor que os outros, mas eu só acho que os outros amores têm (ou pelo menos deveriam ter) mais importância na sua vida. E influência nas suas decisões. Escolhas do tipo... sua mãe ou seu namorado? ou sua melhor amiga ou sua namorada? me parecem meio ridículas, tanto pela comparação em si, quanto pela resposta (PRA MIM, em letras garrafais) meio óbvia.

Certo.

Amor Romântico.

Todo amor é clichê, gente. Literariamente, então... casal que se ama desde o princípio --> clichê. Casal que se odeia e depois fica junto --> clichê. Ah, me poupem. Mas enfim. Quando você está apaixonado (ou pelo menos ~enamorado~ q), tudo que você quer é fazer as coisas mais clichês possíveis com a pessoa, a começar pela grande sacada dos Beatles e tal (beijos pra quem leu Nick&Norah).

I Wanna Hold Your Hand.

Principalmente quando você _não pode_ hold hands (não vou entrar em detalhes, haha), tudo o que você mais quer é fazer isso, e é uma vontade meio absurda e bleh, mas, porra, o amor embaralha suas funções normais. É toda a verdade. Aquela história de que o amor te deixa idiota. Best definição ever.

Aí vem a parte mais CONSTRANGEDORA de toda a história que envolve ~~~~~~~~músicas que te lembram a pessoa~~~~~~~~ e mensagens nojentinhas pelo celular e... É, céticos, been there, apesar do meu coração de gelo e talz.

Não que eu propriamente me arrependa de tudo isso, ou algo assim, apesar de ter vergonha infinita. São lembranças boas.

Então, assim, se você é uma pessoa normal, e não tipo a Bella-vou-me-jogar-do-penhasco-para-ouvir-sua-voz, amor é bom. Deve ser horrível não ser correspondido, mas mesmo assim a sensação de se sentir apaixonado deve ser algo perto de bom. Eu acho, né, me digam aí. Sentir que seu coração existe.

Porque, tipo, em todos os meus outros longos momentos de hiatus amoroso, às vezes a sensação que tinha e tenho é de que o meu coração se perdeu em algum lugar, haha. É meio difícil até de lembrar a sensação, lembrar como era... Acho que se eu tivesse me apaixonado mais vezes eu saberia.
segunda-feira, 4 de abril de 2011

Do porquê de gostar de chuva

Acho que a gente gosta um pouco de tudo que é raro. A chuva não pede pra chegar. A chuva não avisa antes (mesmo os céus mais cinzentos podem ser enganadores — o que vale também para os azuis), ela simplesmente faz barulho ou (e) cheiro de chuva.

Do mesmo jeito que eu adoro reclamar de sol, eu adoro falar de chuva. Adoro puxar o ar com força, adoro bagunçar o cabelo e sentir os fios molhados entre os dedos, adoro girar segurando num poste e cantar Singing in the Rain, sem me importar de já ter feito isso mil vezes.

Sempre me parece a primeira. Toda vez que chove parece que é a primeira.

Os trovões parecem a chuva dizendo tenham medo de mim, eu sou grande, eu sou forte. Mas eu não acredito nela. Eu sei que ela só precisa de muito amor e coisas clichês assim. A chuva é uma desiludida, que fica se autoafirmando, inflando o peito para parecer maior. Matando pessoas por aí...

A chuva, por aqui, às vezes só aparece pra fazer a gente lembrar que ela existe. Só pra fazer a gente sorrir, falar alguma coisa, reclamar. Ela é meio attention whore, mas ninguém liga, assim, de verdade.


A chuva parou, e eu parei também.
 

Blog Template by YummyLolly.com