segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Again and again
A vida é cansativa. Sei lá. Às vezes você tem que fazer a mesma coisa toda dia e, mesmo a coisa sendo boa, enche o saco. Por isso que eu não entendo o fato de a Stefany sempre beber Nescau de manhã. (Nada pessoal -q) Apesar de gostar de Nescau. Sei lá. Imagina trabalhar, como não deve ser chato? Eu acho que eu quero fazer uma coisa bem diferente quando for adulto. Repetições me deixam com gastura, principalmente quando eu tenho consciência delas. Escolas é uma dessas coisas boas que se repetem e se tornam um saco às vezes. É tão estranho isso. A escola devia ser tão diferente. Sei lá, esse sistema organizadinho e todo "vamos passar no vestibular, rsrs". É um saco isso. Não estimula ninguém a gostar de aprender. Não estimula ninguém a aprender, pra começo de conversa. Argh. E o pior é que pra mudar isso teria que mudar toda a coisa desde bebezinho até a forma de admissão nas faculdades. Aliás, que alunos param pra pensar que o vestibular é SÓ UM TESTE PARA A ADMISSÃO NA FACULDADE? Quase nenhum, cara. Vestibular é A coizona, quando era pra ser só uma prova... sei lá, uma prova normal. Acontece isso com as provas do colégio também. A sua função devia ser medir o aprendizado dos alunos e NÃO UM NEGÓCIO PRA BOTAR OS CARAS NA RECUPERAÇÃO. OU PRA TIRÁ-LOS DA TURMA, O QUE É PIOR. Minha nossa, esse povo não pensa no que representa uma turma pra um bando de adolescentes? Eu fico puto com essas coisas. Enquanto os alunos deviam estar aprendendo, eles estão SE MATANDO, TÃO CHORANDO PRA CHEGAR NUM NÍVEL ESTABELECIDO PELA PRÓPRIA ESCOLA MALIGNA. Cara, eu agradeço muito minha bolsa e meus amigos de lá, mas o FB é uma escola muito fuleragem. Com o perdão da expressão. Mas meus filhos passavam loooonge de lá. Serião. Não quero que eles passem pelo que eu vejo meus amigos passando hoje em dia. Eu quero que meus filhos gostem de aprender e que aprendam e se tiverem que passar no vestibular, que passem, mas como CONSEQUÊNCIA. Entende? É a mesma diferença entre o Harry ser obrigado a matar o Voldemort por causa da profecia e ele querer matar o Voldemort por queria fazer isso.
Eu acho certas coisas da sociedade uma PUTA FALTA DE SACANAGEM.
Altos níveis de aleatoriedade detected
Eu acho certas coisas da sociedade uma PUTA FALTA DE SACANAGEM.
Altos níveis de aleatoriedade detected
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Um livro conta a história de uma mãe que tentou, tentou, mas não conseguiu ter filhos e agora espera uma criança que vai nascer dali a uma semana e que será seu filho ou sua filha. As ansiedades, os medos, as alegrias. A pintura do quarto, a compra de fraudas — tudo em uma semana.
Em uma semana ela poderá segurar a frágil criaturinha em seus braços e dizer "esse bebê é meu".
Em uma semana ela poderá segurar a frágil criaturinha em seus braços e dizer "esse bebê é meu".
terça-feira, 25 de maio de 2010
A ruiva e o nerd
A ruiva retira os óculos dele com muito cuidado, colocando-os na prateleira mais próxima. Ele verifica se ela o guarda de forma correta. Ela enterra uma mão no cabelo dele e a outra ela joga na parede, teatralmente, cercando o garoto.
Ele reage. Ele nunca beijou, mas ele não vai deixar qualquer ruivinha o dominar. Ele reage e ela o prende com força até de mais.
O beijo. Ah, o beijo. Nada de descrições, só sensações. Ela está completamente envergonhada de ter feito aquilo com ele e ele tem o rosto completamente vermelho. Ele não fala nada. Ele anda, apenas anda. Anda para longe.
E você fica com aquela cara de êxtase pensante. O que é que eu fiz?
Ele reage. Ele nunca beijou, mas ele não vai deixar qualquer ruivinha o dominar. Ele reage e ela o prende com força até de mais.
O beijo. Ah, o beijo. Nada de descrições, só sensações. Ela está completamente envergonhada de ter feito aquilo com ele e ele tem o rosto completamente vermelho. Ele não fala nada. Ele anda, apenas anda. Anda para longe.
E você fica com aquela cara de êxtase pensante. O que é que eu fiz?
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Indie Rock 'n' roll
O braço dele passa pela cintura dela com graça. Ele é elegante. Nossa — a garota ri, as bochechas vermelhas. Ela não sabe o que dizer. Ela pensa que tem que falar, tem que falar, mas simplesmente não consegue pensar em nada interessante suficiente para que o garoto queira saber. Não consegue. Ela é burra? Não. Ela só não conhece o rapaz direito. Ele, também, não fala muito, aliás. Seu semblante é sério, combinando com seus negros olhos castanhos e seus na-altura-no-ombro cabelos pretos.
Pretos como café.
As bochechas da garota continuam vermelhas porque ela não sabe — apesar de ser óbvio — que ele está tão envergonhado quanto ela. O garoto não sabe se a sua pulseira a está arranhando, não sabe se a sua mão deveria mesmo estar ali, não sabe se deve oferecer sua jaqueta de couro para protegê-la do frio, não sabe se deve falar sobre o céu cheio, cheio, cheio de nuvens muito cinzas — mal sabe o nome da garota, todos a chamam de Cá. O garoto está tão inseguro quanto a garota, mas pelo menos ele sabe que o destino está próximo.
The Pub. O lugar perfeito. O lugar feito para ele. O lugar que ele esperava que ela gostasse também.
Nossa, para onde será que estamos indo — se pergunta a garota, e ela mal sabe que está olhando para o local, bem ali, na esquina, com letras grandes e brilhantes. Ela passa a mão de dedos longos pelo cabelo loiro e depois ajeita a calça.
Minha Nossa, quantas preocupações. Tantas sinapses, sinapses, para que tantas sinapses, meu Deus? Para que, se depois das portas do Pub tudo é barulho e felicidade e tudo acelera e a roupa não é mais importante, onde está sua mão não é mais importante, tudo, todos são um com a música.
Para que tantas sinapses, se os dois pulariam e gritariam a música juntos, os dois amam, um ao outro e à música, e quando ela diz que está tarde ele a puxa e grita "STAY, IF YOU WANNA LOVE ME STAY" e ela mal sabe o que significa mas simplesmente sorri e preenche a boca e a vida dele.
E todos olham a cena. O guitarrista desliza os dedos pelo instrumento.
It's indie rock and roll for me...
Pretos como café.
As bochechas da garota continuam vermelhas porque ela não sabe — apesar de ser óbvio — que ele está tão envergonhado quanto ela. O garoto não sabe se a sua pulseira a está arranhando, não sabe se a sua mão deveria mesmo estar ali, não sabe se deve oferecer sua jaqueta de couro para protegê-la do frio, não sabe se deve falar sobre o céu cheio, cheio, cheio de nuvens muito cinzas — mal sabe o nome da garota, todos a chamam de Cá. O garoto está tão inseguro quanto a garota, mas pelo menos ele sabe que o destino está próximo.
The Pub. O lugar perfeito. O lugar feito para ele. O lugar que ele esperava que ela gostasse também.
Nossa, para onde será que estamos indo — se pergunta a garota, e ela mal sabe que está olhando para o local, bem ali, na esquina, com letras grandes e brilhantes. Ela passa a mão de dedos longos pelo cabelo loiro e depois ajeita a calça.
Minha Nossa, quantas preocupações. Tantas sinapses, sinapses, para que tantas sinapses, meu Deus? Para que, se depois das portas do Pub tudo é barulho e felicidade e tudo acelera e a roupa não é mais importante, onde está sua mão não é mais importante, tudo, todos são um com a música.
Para que tantas sinapses, se os dois pulariam e gritariam a música juntos, os dois amam, um ao outro e à música, e quando ela diz que está tarde ele a puxa e grita "STAY, IF YOU WANNA LOVE ME STAY" e ela mal sabe o que significa mas simplesmente sorri e preenche a boca e a vida dele.
E todos olham a cena. O guitarrista desliza os dedos pelo instrumento.
It's indie rock and roll for me...
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Supernova
Estela tinha seu brilho. Estela é moça nova, cabelos de ouro e olhos de ouro. Olhos de ouro, olhos brilhantes, olhos reflexivos. Olhos de Estela. Estela tinha seus dedos de pianista, aqueles que deslizam pelos ombros retirando a alça do vestido e então a pele brilha tanto quanto os olhos. Pele, dedos, os meus e a dela, a minha e os dela. Estela, ah, Estela. Seus pés eram tão bonitos. Pés de tamanho-Cinderela e liso e branco e — eu já disse bonito? Seus lábios eram lilases como o céu no dia em que eu a vi pela primeira vez e seus dentes brancos como as nuvenzinhas em forma de hipopótamo. Sua alma é tão delicada quanto seus pés. Sua alma é cheia de detalhezinhos, como impressões digitais serpenteando em círculos e elipses, mares e rios de sentimentos e pensamentos profundos. Suas ideias são ouro como os cabelos, suas convicções fortes, mas suaves. Quer dizer. Eram. Eram. Estela.
De Estela, só sobrou o brilho azul. É agora Estela-supernova.
Estelas sempre morrem um dia.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
A geração tolerância
E eu me surpreendi com a Veja. Vendo a capa da última edição, eu fiquei todo cheio de preconceito que ia ser uma reportagem tensa e estranha e nada a ver com a realidade.
Porém, eu li e... Nossa. Que reportagem legal. Será que os assinantes da Veja lerão a matéria? Será que alguém vai ter a coragem de chegar numa banca, pegar a revista e folheá-la?
Mas a intenção foi ótima. Mostrar a "realidade" gay de hoje em dia, esquecendo todo o papo antigo e já saturado. A reportagem poderia ter sido um pouco mais realista, mas ela é extremamente boa para prever um futuro próximo.
O ponto principal da reportagem são os adolescentes, e a aceitação da homossexualidade por essa faixa etária. São eles que trazem a mudança. É o pensamento da nova geração que leva ao avanço.
Sempre houve esse contraste de ideias na minha cabeça. Em um lado a aceitação absurda de vários usuários da internet e do meu círculo de amizades e em outro a homofobia e o preconceito dos adultos parecendo completamente normal.
Ao mesmo tempo que vejo uma senhora na fila do dentista falando que o Big Brother é coisa do demônio porque tem gay, lésbica, tudo no mundo, eu vejo um pseudo amigo meu beijando um amigo meu na frente de um monte de gente.
Talvez, se você pensar exponencialmente, o mundo no futuro vai ser melhor em relação a esse aspecto. Existe um número cada vez maior de jovens (um número ainda pequeno comparado com todo o resto, mas crescente) que aceita a homossexualidade como uma coisa normal. Como uma outra característica qualquer do ser humano.
Assim, quem sabe, daqui a umas duas ou três gerações, vai poder haver esse diálogo em qualquer família:
"Mãe, eu fiquei com o Pedro na festa. Lembra do Pedro?"
"Não, filho, ele é bonito?"
"Aham."
"Mas foi só fica ou..."
"...Ou?"
"...você está gostando dele?"
"Não sei, mãe. É uma coisa complexa"
E imagino também os pais discutindo sobre como era grave e estranho ser gay ou bi "antigamente" e gargalhando, como se estivessem falando que brincavam com Beyblades quando eram crianças.
Quem sabe... A reportagem sobre ser jovem e gay pode até ser um pouco utópica, mas, talvez como o índio que mirava na lua, é visando a utopia que acertaremos o mais longe possível.
Porém, eu li e... Nossa. Que reportagem legal. Será que os assinantes da Veja lerão a matéria? Será que alguém vai ter a coragem de chegar numa banca, pegar a revista e folheá-la?
Mas a intenção foi ótima. Mostrar a "realidade" gay de hoje em dia, esquecendo todo o papo antigo e já saturado. A reportagem poderia ter sido um pouco mais realista, mas ela é extremamente boa para prever um futuro próximo.
O ponto principal da reportagem são os adolescentes, e a aceitação da homossexualidade por essa faixa etária. São eles que trazem a mudança. É o pensamento da nova geração que leva ao avanço.
Sempre houve esse contraste de ideias na minha cabeça. Em um lado a aceitação absurda de vários usuários da internet e do meu círculo de amizades e em outro a homofobia e o preconceito dos adultos parecendo completamente normal.
Ao mesmo tempo que vejo uma senhora na fila do dentista falando que o Big Brother é coisa do demônio porque tem gay, lésbica, tudo no mundo, eu vejo um pseudo amigo meu beijando um amigo meu na frente de um monte de gente.
Talvez, se você pensar exponencialmente, o mundo no futuro vai ser melhor em relação a esse aspecto. Existe um número cada vez maior de jovens (um número ainda pequeno comparado com todo o resto, mas crescente) que aceita a homossexualidade como uma coisa normal. Como uma outra característica qualquer do ser humano.
Assim, quem sabe, daqui a umas duas ou três gerações, vai poder haver esse diálogo em qualquer família:
"Mãe, eu fiquei com o Pedro na festa. Lembra do Pedro?"
"Não, filho, ele é bonito?"
"Aham."
"Mas foi só fica ou..."
"...Ou?"
"...você está gostando dele?"
"Não sei, mãe. É uma coisa complexa"
E imagino também os pais discutindo sobre como era grave e estranho ser gay ou bi "antigamente" e gargalhando, como se estivessem falando que brincavam com Beyblades quando eram crianças.
Quem sabe... A reportagem sobre ser jovem e gay pode até ser um pouco utópica, mas, talvez como o índio que mirava na lua, é visando a utopia que acertaremos o mais longe possível.
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